Novidades na Indústria Gráfica
Nesta seção você vai encontrar informações sobre novidades ou curiosidades tecnológicas relacionadas aos processos e produtos gráficos.
e-paper (papel eletrônico)
Refere-se a um suporte de impressão impregnado com tinta eletrônica, cujo texto pode ser modificado por comando remoto. Existem duas tecnologias em fase de aperfeiçoamento: uma envolve uma lâmina plástica à qual são incorporadas microesferas bicolores, metade branca e metade preta ou colorida, cuja polaridade pode ser modificada de modo a girar algumas esferas, deixando-as com a metade colorida voltada para cima ou para baixo, formando uma imagem; a outra consiste de esferas brancas que flutuam num líquido preto, contidas entre duas lâminas plásticas transparentes, que podem afundar no líquido sob a ação de um campo elétrico nas áreas correspondentes ao grafismo, reproduzindo uma imagem preta em fundo branco; nos dois casos, a imagem pode ser modificada a qualquer momento e o mesmo suporte pode ser reutilizado durante um longo período de tempo; acredita-se que os principais usos incluam a impressão de jornais, livros, painéis, papel de parede, etiquetas e cartazes.
e-ink (tinta eletrônica)
Tinta constituída de um colóide disperso em meio líquido contendo em suspensão microcápsulas brancas (carga negativa) e pretas (carga positiva) encerradas numa pequena esfera, que muda de polaridade quando exposta a uma corrente elétrica, por comando remoto de um computador, para formar a imagem sobre o suporte. As microcápsulas têm cerca de 100 µ de diâmetro e sua concentração chega a 100 mil cápsulas por polegada quadrada. Até o momento, a tinta eletrônica só foi utilizada experimentalmente para imprimir cartazes que podem trocar de imagem periodicamente sem precisar ser reimpressos; acredita-se que em futuro breve poderá ser utilizada na impressão de jornais, livros e revistas que alteram as informações por comando de ondas de rádio, ativando um pequeno chip ocluído na lombada do produto.
sensor de compressão
Película delgada que tem a propriedade de mudar de cor quando submetida a compressão, utilizada para medir a pressão de rolos ou outras superfícies que se tocam; o valor da tensão (kg/cm2) pode ser quantificada mediante uma tabela de cores calibrada, visto que a intensidade das cores é proporcional à força aplicada.
Existem equipamentos digitais de precisão que permitem um resultado mais preciso e mais rápido.
tinta Ultraking Paliocolor
Mistura de cristais líquidos colestéricos que, após a impressão, forma uma estrutura cristalina tridimensional espiralada, simétrica, produzindo efeito multicolorido dependendo do ângulo de observação, da temperatura, do ângulo de incidência da luz, da estrutura cristalina e de outros fatores, utilizada para impressão de embalagens, material promocional etc.
nanografia
Tecnologia de impressão digital, inspirada no ink-jet, na qual gotículas de uma tinta aquosa especial (nano-ink), formulada com pigmentos com cerca de 500 nm de diâmetro, são borrifadas por ejetores sobre uma superfície especial (fita-blanqueta) e, após a evaporação da água, transferida para o suporte por contato direto.
A tinta tem propriedades semelhantes às do hot-melt e adere ao suporte ao resfriar. A tinta seca rapidamente e se fixa à superfície do material, com pouca penetração, produzindo cores densas.
O contorno dos pontos impressos é bem definido, com pouco ganho-de-ponto, aumentando o gamut de cores e possibilitando um padrão de qualidade elevado.
Dentre as principais vantagens atribuídas ao processo nanográfico destacam-se:
[1] flexibilidade de formatos de folhas e bobinas; [2] velocidade de até 13 mil iph;
[3] impressão de até 8 cores; [4] impressão em diversos tipos de suporte (papel, papelcartão, plásticos etc.).
seed paper (papel-semente)
Tipo de papel de imprimir e esrever, fabricado artesanalmente, em várias cores e formatos, cujas folhas são impregnadas com sementes de plantas e flores (margarida do campo, por exemplo) as quais, após a impressão, podem ser plantadas. Pedaços de papel picado são cobertos de terra e regados. A taxa de germinação varia de 5% a 75%.
O papel-semente é produzido nas gramaturas de 135 a 250 g/m2. Devido a sua característica, é mais indicado para impressão tipográfica, digital (inkjet, laser) e serigráfica, embora possa também ser impresso pelo processo ofsete (a taxa de germinação é menor devido a destruição das sementes).
Em uma das aplicações, um jornal japonês é impresso com papel reciclado e tinta vegetal que age como fertilizante, produzindo um forte apelo de marketing. Outras aplicações incluem cartões-postais, cartões de felicitações, embalagens e outros.
O papel semente admite recursos de acabamento como corte, dobra, corte-e-vinco, colagem e outros.